Para pais e cuidadores

Como pai, mãe ou cuidador, é natural que se preocupe com o bem-estar dos seus dependentes e queira o melhor para eles em termos não só de saúde física, mas também de saúde mental.

O primeiro passo nesse sentido é estar alerta para diversos sinais e certos comportamentos que são sinais de alerta para um problema mental:¹

• Sentir-se muito triste ou isolar-se durante mais de 2 semanas
• Tentativas de se magoar ou matar ou fazer planos para o conseguir
• Medo avassalador repentino sem motivo
• Provocar lutas e querer magoar os outros
• Mostrar comportamentos fora de controlo, tentando ferir-se a si ou aos outros
• Não comer, vomitar ou utilizar laxantes para perder peso
• Ter preocupações ou medos intensos que impedem ou atrapalham a realização das atividades diárias
• Causar problemas na escola
• Colocar-se em perigo físico
• Usar álcool ou drogas repetidamente
• Ter mudanças de humor graves ou alterações drásticas no comportamento ou na personalidade, que causam problemas nos relacionamentos

Adicionalmente, os pais e cuidadores devem estar especialmente atentos a determinados fatores de risco que podem desencadear problemas de saúde mental nos seus filhos e dependentes, tais como:¹

• Perda de um ente querido ou animal de estimação
• Divórcio ou separação dos pais
• Mudança de casa, de escola, de cidade, etc.
• Experiências traumáticas
• Bullying na escola
• Dificuldades de relacionamento com os colegas na escola ou no desempenho escolar

Como falar com os seus filhos e/ou dependentes?

Embora inicialmente se possa sentir desconfortável em conversar com o/a/@ seu filho/a/@ sobre as suas preocupações e o estado da sua saúde mental, fazer essa pessoa saber que se importa pode fazer toda a diferença para o que ela está a sentir naquele momento e pode abrir caminho para uma conversa honesta e sincera, que irá ajudar.²

Se está preocupado/a/@, isso quer dizer que está ciente de que pode haver um problema e, por isso, é importante não adiar a conversa, de modo a obter ajuda o mais precocemente possível.³

Eis alguns conselhos que podem ajudar nessa conversa:^1,3

• Encontre um local onde possa falar à vontade e reserve tempo sem restrições para ter essa conversa
• Dê espaço para que partilhem apenas o que quiserem e ao seu próprio ritmo, não pressionando sobre assuntos que eles não se sintam prontos para falar
• Não tente adivinhar os seus sentimentos ou “diagnosticá-los”
• Não julgue ou critique
• Ouça com atenção
• Mesmo que não concorde com o que dizem, mostre que ouviu e que entende como se sentem
• Frases como “como é que te estás a sentir?”, “Já te sentiste assim antes?”, “Estou aqui para te ouvir e ajudar no que puder”
• Fale de maneira clara e adapte a linguagem à idade da criança, adolescente ou jovem
• Fale sobre procurar ajuda de um profissional de saúde e como fazê-lo; ofereça-se para ir à consulta
• Ajude-os a falar e procurar ajuda junto de amigos, familiares ou professores de confiança, criando assim uma rede de apoio

Linha de Aconselhamento Psicológico Saúde24

Se por algum motivo suspeita que os seus filhos ou dependentes possam estar em perigo imediato de vida ou que existe o perigo de se magoarem a si ou aos outros, tome medidas urgentes para garantir a sua segurança! Ligue para a linha de aconselhamento psicológico da Saúde24 (800 24 24 24 - selecione a opção 4 para aconselhamento psicológico)
e procure ajuda médica imediatamente.^1,4